Mais que Estilos: Modelos de Vida, Sociedade e o Futuro em Debate
A notícia do falecimento do modelo e influencer JP Mantovani chocou o país, lembrando-nos da fragilidade da vida e do impacto de figuras públicas em nosso imaginário. Uma figura que, em sua essência, era um “modelo” no sentido mais clássico do termo. Mas a palavra “modelo” carrega consigo muito mais do que a imagem de uma pessoa em um desfile.

Modelos são padrões, ideais, sistemas e até mesmo os desafios que definem nossa realidade. Do pessoal ao político, do ambiental ao global, o Brasil e o mundo estão em constante reflexão sobre quais “modelos” queremos seguir, quais precisamos defender e quais urgem por transformação. Nas últimas semanas, diversas notícias de grande impacto nos fizeram questionar os diferentes “modelos” que nos cercam, desde o impacto da perda humana até a governança de nossa nação e do planeta.

Este artigo se propõe a expandir essa reflexão, conectando a comoção em torno de uma vida que se encerra à urgência de debates sobre a integridade da nossa democracia, a resiliência diante de crises climáticas e a busca por um novo paradigma na diplomacia internacional.
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O Modelo Humano: Fragilidade, Legado e o Impacto da Perda
A vida de JP Mantovani, um modelo e influencer talentoso, foi tragicamente interrompida em um acidente, deixando uma lacuna profunda não apenas em sua família, mas também no vasto círculo de admiradores que acompanhavam sua trajetória. Casado com a cantora Li Martins, ex-integrante do grupo Rouge, JP representava para muitos um ideal de vida bem-sucedida e feliz. Sua imagem pública, construída através de redes sociais e trabalhos na moda, o transformou em um “modelo” para seus seguidores, um referencial de estilo, aspirações e até mesmo de relacionamento.
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A dor expressa por Li Martins em suas redes sociais, descrevendo-o como “o anjo das nossas vidas”, ressoa com a universalidade do luto e a força dos laços afetivos. A repercussão da morte de JP Mantovani, com mensagens de choque e luto coletivo, nos faz refletir sobre a maneira como nos conectamos e celebramos (ou lamentamos) os “modelos” de vida que admiramos. Não se trata apenas de um indivíduo, mas do que ele representava em um plano maior – um ideal de beleza, de sucesso, de conexão humana. A efemeridade da existência de figuras públicas como JP Mantovani nos lembra da nossa própria fragilidade e da importância do legado que construímos, seja ele público ou privado. Nesse sentido, o “modelo” como pessoa transcende a superfície e se torna um espelho de nossas próprias expectativas e perdas.
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Modelos de Justiça e Democracia Sob Ataque: Anistia, Blindagem e a Voz das Ruas
Em um espectro completamente diferente, o Brasil tem vivenciado momentos de intensa tensão em relação aos seus “modelos” de justiça e democracia. A sociedade civil, artistas, intelectuais e ativistas têm se mobilizado em protestos nacionais contra propostas legislativas que, na visão de muitos, ameaçam a integridade do Estado de Direito.
As manifestações recentes focaram, em grande parte, na oposição à “PEC da Blindagem” e à anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A PEC da Blindagem, vista por seus críticos como uma tentativa de proteger políticos de investigações criminais e processos judiciais, seria um golpe direto no princípio da isonomia perante a lei e na luta contra a corrupção. Em um país que historicamente luta contra a impunidade, a ideia de blindar figuras políticas de accountability é um ataque direto ao “modelo” de justiça que a sociedade busca construir.
Paralelamente, a discussão sobre a anistia para os participantes dos eventos de 8 de janeiro levanta questões fundamentais sobre os limites da clemência em um regime democrático. Perdoar atos que buscaram subverter a ordem constitucional e o resultado de eleições legítimas é visto como uma erosão do “modelo” democrático, abrindo precedentes perigosos para futuras insurgências. A voz das ruas clama pela defesa de um “modelo” de democracia que seja forte, transparente e que não tolere ataques à sua soberania.
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Ainda no Congresso, a discussão sobre a anistia ampla para partidos e políticos por irregularidades eleitoris também gera grande controvérsia. Um “jabuti” – termo usado para emendas que não têm relação com o tema original de um projeto de lei – inserido no PL 4.438/2021, buscava perdoar o uso indevido de fundo eleitoral e o descumprimento de cotas de gênero e raça. Essa manobra, defendida por partidos como o PL e buscando o apoio do Centrão, foi amplamente criticada pela base governista, pela sociedade civil organizada, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A tentativa de anistiar tais práticas mostra uma clara disputa sobre qual “modelo” de eleições queremos: um onde as regras são respeitadas e a prestação de contas é levada a sério, ou um onde a impunidade pode prevalecer para determinados grupos políticos. A resistência a essas propostas é uma defesa ferrenha dos “modelos” de accountability e justiça eleitoral que fundamentam nossa democracia.
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Modelos de Resiliência e Governança Global: Respostas Climáticas e Diplomacia Internacional
Enquanto o Brasil debate seus “modelos” internos, o país também é confrontado com desafios que exigem novos “modelos” de resposta e cooperação em escala global. A crise climática é uma realidade inegável, e o Rio Grande do Sul tem sido palco de eventos extremos que testam a resiliência das comunidades.
Recentemente, o estado foi severamente atingido por um ciclone extratropical e uma frente fria, resultando em inundações generalizadas, quedas de árvores, falta de energia e destelhamentos. A ação da Defesa Civil, com seus alertas laranjas e a mobilização para socorrer as vítimas, mostra um “modelo” de resposta a desastres que, embora ainda em desenvolvimento, busca minimizar os impactos humanos e materiais. A necessidade de reparos e a resiliência da população gaúcha diante de adversidades tão severas destacam a urgência de aprimorar nossos “modelos” de prevenção, adaptação e recuperação frente às mudanças climáticas. É um convite a repensar a ocupação do território, a infraestrutura e a forma como nos preparamos para o futuro.
Em um palco global, o Presidente Lula marcou presença na Assembleia Geral das Nações Unidas, um fórum crucial para a discussão de “modelos” de governança internacional. Sua participação como chefe de estado, com encontros bilaterais e um discurso que ecoou preocupações e propostas brasileiras, reforçou o posicionamento do país em temas cruciais. As prioridades brasileiras, como o combate à fome e à pobreza, o desenvolvimento sustentável, a reforma da governança global para torná-la mais equitativa, a busca pela paz e a cooperação multilateral, apontam para a defesa de um novo “modelo” de relações internacionais. O Brasil, nesse contexto, busca ser não apenas um exemplo, mas um defensor ativo de “modelos” que priorizem a solidariedade, a sustentabilidade e a inclusão em um mundo cada vez mais interconectado e complexo.
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Conclusão
De tragédias pessoais a debates políticos acalorados e desafios globais, fica claro que a palavra “modelo” transcende seus significados mais comuns. Ela nos força a refletir sobre os ideais que perseguimos, os sistemas que nos governam e a forma como nos comportamos diante das adversidades. Seja no luto por uma figura pública que representava um “modelo” de aspiração, na defesa intransigente dos “modelos” de justiça e democracia contra tentativas de erosão, ou na busca por “modelos” mais eficazes de resiliência climática e governança global, o conceito de “modelo” permeia todas as esferas da nossa existência.
Estamos em um momento onde os “modelos” que conhecemos estão sendo questionados, transformados ou ferozmente defendidos. Seja o “modelo” de uma vida inspiradora, o “modelo” de uma democracia íntegra ou o “modelo” de uma sociedade mais resiliente e colaborativa, a escolha e a construção desses paradigmas estão em nossas mãos. A complexidade e a interconexão dessas diferentes facetas do “modelo” moldam o presente e o futuro do Brasil e do mundo, exigindo nossa atenção, nosso engajamento e nossa capacidade crítica.
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Qual Modelo Você Defende?
Diante de tantos “modelos” em discussão – o modelo de vida que inspiramos, o modelo de justiça que buscamos, o modelo de governança que almejamos – qual deles você considera o mais urgente para ser defendido ou transformado em nossa sociedade hoje? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo e participe dessa importante reflexão! Continue acompanhando as notícias e seja um agente ativo na construção dos “modelos” que queremos para o nosso futuro.

